domingo, 17 de agosto de 2014

Adeus...

Acabo assim este blog.. com um adeus.
Não tenho nada de interessante nem bonito para vos contar. A verdade é que tenho andado a esticar a corda há algum tempo. Não tenho inspiração e cada vez mais tenho motivos para me sentir desanimada e triste. Não era este o objectivo do blog the best of joy ( melhor da alegria), o seu intuito era falar das coisas boas da vida e o que me proporcionava momentos de felicidade... porém não é essa a imagem que vos estou a passar. Ultimamente têm se passado situações que me fizeram aprender cedo demais, problemas que ocupam a minha mente, envenenam o meu coração e que me tornam cada vez mais amarga e distante.
 Não... não é essa a imagem que vos quero passar mas é o que eu sou neste momento... talvez mais tarde ache algum motivo interessante para regressar num novo blog mas de momento quero afastar-me e tentar encontrar outras pequenas coisas que me devolvam novamente um sorriso verdadeiro.

Um beijo a todos que me acompanharam durante estes 3 anos.


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

domingo, 10 de agosto de 2014

Um dia disseram-me ...

 "que tempo é rei, a vida uma lição. Um dia a gente cresce e conhece a nossa essência, ganha experiência... Aprende o que é certo, o que é errado, com erros cometidos, por palavras de quem nos ama. No fim de contas, ao passar o tempo, aparece-nos a consciência dos nossos actos, contudo, com consciência somos quem gostamos de ser? Somos feliz quando fazemos as coisas que queremos fazer, ou quando fazemos coisas que talvez seja o melhor para nós? Eu gosto de arriscar, eu faço sem pensar, sou feliz, sofro, amo, nunca odeio, perdoou, agarro-me ao desconhecido e resolvo os seus enigmas, luto contra tudo e todos, nunca desisto. Faço da vida uma história de aventura, uma história de romance, uma história de comédia, uma história de ação.!! Não consigo imaginar como será o fim desta história, mas com certeza espero ter pelo menos um " viveram felizes para sempre"...
A vida é curta, temos obstáculos difíceis, enormes, obstáculos que nos rodeiam e nos deixam apenas com uma saída, às vezes essa saída está por cima de nós e nem olhamos, mas com certeza está alguém de mão estendida para nos tirar de lá. Não vamos desistir de nós, acreditem que temos sempre alguém pronto a ajudar-nos e vamos utilizar a força desse alguém para nos levantarmos, nem que esse olhem para esse alguém e esse alguém seja eu.!!"

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Há momentos...

Há momentos e situações em que o olhar comunica mais que as palavras, isso também é intimidade. Creio que sou capaz de dizer muitas cosas sem falar, é o outro que também tem de compreender e de saber interpretar. Quando se estabelece essa relação de intimidade e de amizade, não é necessário falar. (...) Frequentemente é melhor não o fazer porque as palavras estão muito gastas.

António Lobo Antunes

Elogio ao amor

Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão.

Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado.
Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido....Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.

A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje.

Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.

O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.

Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.

A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira.

E valê-la também.

Miguel Esteves Cardoso

sábado, 2 de agosto de 2014

Sleep

"i love to sleep. You forget about pain, problems, stress, everything for a while"