domingo, 30 de setembro de 2012

Preciso de morrer...


DESEJO QUE VOCÊ MORRA
(Ana Maria Braga)


Se você pensar bem, você precisa morrer todos os dias.

A morte, nada mais é que uma passagem, uma transformação.

Não existe, por exemplo, planta sem a morte da semente.

Não existe embrião, sem a morte do óvulo e do espermatozóide.

Não existe borboleta sem a morte da lagarta. Então, óbvio!

A morte nada mais é do que o ponto de partida para o início de algo muito novo.

É a fronteira entre o passado e o futuro.

Você quer ser um bom universitário?

Você tem que matar dentro de você o secundarista aéreo, translocado, que acha que tem muito tempo pela frente.

Você quer ser um bom profissional?

Então mate dentro de você o universitário descomprometido porque acha que a vida se resume a estudar só o suficiente para fazer aquela prova.

Quer ter um bom relacionamento?

Então mate dentro de você o jovem inseguro, ou ciumento, ou o solteiro solto que pensa que pode fazer plano sozinho sem ter que dividir projetos e o tempo com mais alguém.

Enfim, todo processo de evolução exige que matemos o nosso Eu passado Interior ou não.

E qual o risco de não agirmos assim?

De não matarmos o que passou?

O risco está em tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo.

E com isso você perde o foco.

Você compromete a produtividade e por fim, acaba prejudicando muitas pessoas.

E muitas dessas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando e se agarrando, ao que era, não se projeta ao que são, ou ao que desejam ser.

Mas pra uma nova etapa é preciso abrir os olhos para o que já foi.

Você quer ser um líder, um profissional, um pai, uma mãe, um cidadão, um amigo melhor, mais evoluído, então se pergunte agora com sinceridade.

O que você precisa matar ainda hoje pra que nasça o ser que você tanto deseja?

E eu desejo hoje que você pense muito nisso e MORRA!

Porque com o renascimento, com certeza, como a borboleta, você será ainda melhor!

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